De acordo com estimativas da Abiec, cada cidadão terá consumido 39 kg de carne bovina e 46 kg de frango ao longo do ano
O consumo per capita de carne bovina está previsto para atingir o maior patamar em quatro anos, representando um aumento de 2 kg em relação a 2022, segundo Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). A expectativa também é de um acréscimo de 1 kg no consumo per capita de cortes de frango, totalizando 46 kg por pessoa ao final de 2023. Este é o tipo de proteína mais consumido anualmente no país, segundo dados estimados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O consumo médio de ovos por pessoa também aumentou em uma unidade, chegando a 242 por ano. Enquanto isso, o consumo de carne de porco permaneceu estável em 18 kg por ano. Nenhuma das proteínas registrou queda. Esses resultados estão vinculados a uma diminuição nos preços das carnes ao longo de 2023. De acordo com a LCA Consultores, os preços de carne bovina tiveram a maior redução, alcançando -11,9%, após um aumento no ano anterior. O frango (-9,2%) apresentou a segunda maior queda, também após um aumento em 2022. Os suínos (-4,9%) seguiram em terceira posição, embora já estivessem em processo de queda nos preços desde 2021. Por outro lado, os ovos tiveram um aumento de 4% e mantêm uma tendência de alta nos preços há três anos.
Em Goiás
Para o presidente do Sindiaçougue, Sílvio Carlos Yassunaga Brito, o cenário nacional se reflete em Goiás e, ao longo do ano de 2023, a queda nos preços da carne também foi perceptível e, com esse repasse para o consumidor, o consumo também aumentou no Estado. “Entretanto, embora o consumo tenha experimentado uma elevação, esse aumentou não se concretizou em aumento de faturamento por parte dos comerciantes do setor”, afirmou Sílvio. “Com a redução dos preços esperávamos um aumento maior em nossas vendas, o que ainda não ocorreu”, informou.
“A migração de consumo que houve no ano de 2022, da carne bovina para o frango e carne suína, continua visível e ajuda a pressionar o preço da carte bovina para baixo”, explica o presidente do Sindiaçougue. Com a aproximação das festas de final de ano, Yassunaga esclarece que o consumo deve atingir um pico, aquecendo o mercado, porém, a tendência é de equilíbrio nos preços, sem grandes variações.